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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Para reflexão

O exemplo do galo
*** Extraído do livro Umbanda do terceiro milênio***

No início, quando comecei a frequentar os terreiros de Umbanda, frequentei um terreiro onde se tinha o hábito de sacrificar um galo, como oferenda ao povo de rua.         

Aprendi a realizar um trabalho, de magia que consistia em sacrificar um galo, tendo os seguintes cuidados: Nada poderia ser desperdiçado, deveriam ser guardadas as penas, o sangue, os pés, a cabeça e os orgãos internos. O galo deveria ser limpo e cozido naturalmente, com os temperos normais. Após o almoço e o jantar, o que sobrasse, como ossos e os restos de carne não consumidos, seriam juntados com a parte que não foi cozida e levados a uma encruzilhada, afastada da cidade. Um cuidado era indispensável: O de que a encruzilhada fosse de terra e não asfaltada, pois a camada de asfalto altera as vibrações do trabalho.
Chegando na encruzilhada, eu cumprimentava os donos da rua (os Exus) e fazia o despacho, que normalmente tinha o cunho de oferenda.

Durante muitos anos repeti esse ritual de magia, até que no dia 13 de junho de 1983, quando fui sacrificar o galo de cor vermelha, perdi a coragem, ao ouvir o galo cantar de forma tão sonora, fiquei sem coragem de sacrificá-lo.

A noite durante a sessão, minha esposa perguntou à entidade à quem normalmente fazíamos a entrega, se havia algum problema no fato de não ter sido feito o sacrifício. A entidade respondeu: "Não precisamos de sacrifício de animais em encruzilhadas ou em outro lugar qualquer. Se muitas vezes pedimos às pessoas que façam sacrifícios de animais, é com o intuito de despertá-las. Mas a partir do momento em que elas são capazes de usar sua força mental, independente de qualquer artifícios, somos os primeiros a mudar o tipo de trabalho de magia. Na verdade, não precisamos do sacrifício de animais, pois a energia de que o médium precisa está em sua mente e não em um simples ser vivo. As pessoas precisam lembrar sempre que no espaço cósmico não possuímos um corpo físico, portanto, não temos olhos para ver, nariz para cheirar as oferendas, nem vamos comer esses alimentos. Somos espíritos e nossa constituição espiritual é composta de energias e vibrações, sendo assim, captamos vibrações. Em primeiro lugar, captamos as vibrações mentais, e depois as vibrações das oferendas. As vibrações das oferendas são importantes, mas não são essenciais. As vibrações essenciais são as da mente das pessoas.

A partir de hoje, nosso aparelho, cavalo, está dispensado deste tipo de trabalho de magia, mas continuaremos a indicá-los a outras pessoas, que ainda não podem despertar sua própria mente de outra forma.


                                                                                  

2 comentários:

  1. Partindo da informação contida neste "causo de Umbanda", fica evidenciado que o "despertar" deve partir de nós mesmos e não das entidades.
    Cabe portanto, a nós médiuns, frequentadores e simpatizantes do movimento umbandista, darmos os primeiros passos de uma nova estrada, de um novo caminho..com o despertar e com mais luz!!!

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  2. olá muito boa matéria gostaria de publica-la em meu blog com sua autorizaçao é claro

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